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ATIBAIA MANIA ENTREVISTA |
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Entrevista com a
Arquiteta Kátia Montemor

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AM - Quais são as áreas da cidade destinadas a empreendimentos voltados às
classes menos favorecidas?
KM - A ocupação histórica de implantação de loteamentos
populares no município de Atibaia, aconteceu na região do bairro Caetetuba,
ao redor da antiga estação ferroviária. Novos empreendimentos populares
estão sendo implantados atualmente nessa mesma região, como o “Nova
Atibaia”, no Jardim Cerejeiras e onde estão sendo construídas as Casas
Populares da CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do
Estado de São Paulo em parceria com a Prefeitura. Lá, já existem 205
unidades da CDHU, construídas nos últimos 20 anos. A Prefeitura coordena
atualmente a construção de 140 unidades pelo sistema de “mutirão” e a CDHU,
238 unidades por empreita global, que serão sorteadas, após cadastro
específico das famílias interessadas.
O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal em 2006, tem um capítulo
especial, destinado a Política Habitacional. O plano delimita as 7 (sete)
ZEIS (Zonas Especiais de Interesse social) nos seguintes bairros: Guaxinduva,
Caetetuba, Maracanã, Tanque, Jardim Imperial, o conjunto habitacional
Atibaia “D”, no Jardim Cerejeiras e o conjunto habitacional no Maracanã,
sendo os cinco primeiros áreas ocupadas e as duas últimas áreas livres. O
Plano Diretor também define área de uso preferencial de habitação de
interesse social e áreas prováveis de expansão com possível uso habitacional
de interesse social.
Dados e mapas disponíveis no site www. atibaia.sp.gov.br, link conselho da
cidade.
AM - A Prefeitura acompanha e/ou ajuda os
compradores/interessados em comprar imóveis? Se ajuda, como usar esse
serviço?
KM - A principal meta de todos os trabalhos desenvolvidos
nesta gestão é consolidar projetos para desenvolvimento de políticas
habitacionais para a cidade, prevendo investimentos e gestão para a
diminuição do déficit habitacional da cidade. A Prefeitura, na Administração
“Beto Tricoli”, desde 2001, vêm desenvolvendo uma política de habitação de
interesse social, principalmente no que diz respeito às áreas ocupadas da
extinta ferrovia, ao longo da avenida Jerônimo de Camargo. Realizamos um
profundo estudo sobre essas áreas o que possibilitou a apresentação em
Brasília, no Ministério das Cidades, em 2004, do projeto RFFSA HABIT’ATIBAIA
– Projeto de Recuperação Urbana em Áreas Ocupadas da Rede Ferroviária
Federal SA. A partir do projeto, estamos recebendo recursos do Ministério,
através do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, para projetos de
urbanização e melhorias das condições de habitabilidade dessas áreas.
Temos um déficit habitacional com famílias de renda de até 6 salários
mínimos de aproximadamente 5.000 (cinco mil) moradias.
Aproximadamente 3200 (três mil e duzentas famílias) estão cadastradas nas
áreas da extinta ferrovia ou áreas públicas ocupadas. Os projetos de
urbanização estão orçados em R$ 49 milhões.
Finalizamos agora em outubro, o Termo de Referência de Habitação, que prevê
cronograma e prioridade de investimentos dos recursos, em decisão conjunta
com o Conselho Municipal de Habitação e a população.
Firmamos convênio com a Associação de Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de
Atibaia e região para elaboração e acompanhamento técnico de projetos
residênciais para famílias de interesse social. Existe também o Projeto
“Brechó da Construção”, além da construção das Casas Populares em parceria
com a CDHU, como citado anteriormente.
AM - De que forma a prefeitura está se preparando para atender a
infra-estrutura que acompanha esses projetos, como saneamento básico,
pavimentação de ruas, etc? Há apoio dos governos estadual e federal para
realização desse tipo de projeto social ?
KM - Todos os projetos de Melhoria das Condições de
Habitabilidade (urbanização de áreas ocupadas), são projetos onde é preciso
resolver toda a infra-estrutura (água, esgoto, pavimentação, iluminação,
equipamentos urbanos) além de melhoria das habitações existentes ou
construção de novas, no caso de relocações por estarem em área de risco ou
para melhorar o acesso. Além de prever total infra-estrutura, os projetos
são acompanhados por uma equipe social.
Com o Estado, por meio da CDHU, os convênios com a Prefeitura prevêem que o
município doa a área para implantação do conjunto habitacional e também
investe na infra-estrutura (asfalto, iluminação, água e esgoto). Dependendo
do programa, ultimamente o Estado têm ajudado na infra-estrutura.
Com o Governo Federal, após a criação do Ministério das Cidades e mais
recentemente a criação do Sistema e do Fundo Nacional de Habitação de
Interesse Social, existe recursos disponibilizados anualmente a Fundo
perdido do Orçamento Geral da União. Neste caso, o município disponibiliza
contrapartida de 20% do Pleito.
Agora estamos iniciando as obras do Assentamento – Caetetuba I, em parceria
com a União. O projeto envolve 481 famílias que sofrem com as enchentes e
falta de infra-estrutura. O valor desta obra é R$ 6,2 milhões. Graças aos
nossos projetos, estamos pré-selecionados neste mesmo programa Federal para
atender 531 famílias da Vila São José e 220 no Maracanã. Serão obras no
valor de R$13,2 milhões.
AM - Qual é a participação do investimento da
habitação popular em relação ao total de investimentos realizados anualmente
pela prefeitura ?
KM - Em 2006 e 2007, do total de investimentos da
Prefeitura, foram disponibilizados 6%. Em 2008, já estão previstos no
orçamento gastos no montante de R$ 4.219.000,00, que equivalem a 15% de
todos os investimentos previstos.
A expectativa é que, com os novos recursos oriundos do FNHIS – Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social, esse percentual poderá aumentar
significamente.
AM - Antes de atuar na prefeitura, você
executava trabalho de elaboração e execução de projetos. Como andam essas
atividades? Você sente que o mercado de construção está aquecido na cidade ?
KM - O mercado na construção civil continua estável. O
aquecimento ainda não é visível para os profissionais. O valor dos lotes
ainda são muito altos. O mercado não sente o impacto das mudanças no sistema
de financiamento por parte do Governo Federal (melhores condições de uso do
FGTS). Acredito que o setor privado da construção civil tenha que investir
mais, principalmente em habitações de mercado popular. A cidade ainda
continua mantendo o ritmo de construções de classe média-alta e alta, muitas
vezes como opção de moradia de lazer
Perfil
Nome completo: KÁTIA BRAGA MONTEMÓR
Formação acadêmica: ARQUITETA –
Formada na PUC Campinas
Ano de conclusão do curso: 1984
Idade: 45 anos – nascida em
Atibaia
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