ARTIGOS

     Conheça a emocionante história de vida desse atibaiano, que nos deu a honra de contar neste singelo relato suas memórias:

Cantinho da Saudade                                                  

Olá, sou José Aparecido Rodrigues Cesar, Cido para uns, Zezinho para alguns, Cesar para outros e até Rodrigues para  alguns professores. Nascido nessa cidade que tem como lema "O paraíso quase possível na terra”, Atibaia, em 23 de outubro.                       

Sou de origem humilde, nasci e cresci pobre, sempre na luta, mas fui ou sou rico no ensinamento que meus pais, depois meus parentes mais próximos me deram, e porque não dizer, os professores.

Perdi os pais aos 13 anos de idade e foram duas tias, chamadas docilmente de tias-avó que me criaram.  Meu  pai  foi viúvo por duas vezes, somos três irmãos, no qual um casal fixa residência  em Atibaia.  Do primeiro casamento de meu pai, tenho uma irmã residente em São Paulo, essa cresceu na casa da família Paulineti, dono da Torrefação e Moagem do Café Atibaiense.

Uma de minhas tias, segundo o que elas nos contavam, trabalhou na escolha ou classificação de café no auge dessa agricultura nos campos de Atibaia, para a família Alvim.

Depois com o passar do tempo e  com minha mãe casada,  já que foram elas quem  criaram a minha mãe  também, lavavam  roupas de pessoas influentes da cidade. Um exemplo que eu me lembro delas contando, que lavaram da família do  Sr. Bento Paes, da família Peçanha, família Alvim, Sr. Zezico Alvim, de Dona Ernestina Alvim Neto,  de uma senhora de origem espanhola como era conhecida;  "Nha Melchoura", da família do Sr.Tranquilo Luiz Rosa, da família Garcia Lopes, da família de origem síria Hossne Sabbag, da família Lege que possuía uma panificadora, da família Ferraz que também tinha uma  panificadora na Praça Guilherme Gonçalves, da família de minha professora Dona Antonieta, da família de Dona Alzira Janussi, viva ainda,  graças a Deus, de Dona Marina Alvim, viva também, da família Trícoli  e muitas outras. 

Deixei para citar a família  Trícoli  por último, porque tem um detalhe muito especial para mim. Os Trícoli moravam se não me falha a memória à  Rua Benedito Almeida Bueno próximo ao Mercado Municipal, e quando minha tia dizia, Zezinho quer ajudar a tia a levar a roupa dessa família, só que ela pronunciava o nome da senhora Trícoli o qual eu não me lembro, eu largava tudo que estava fazendo, mesmo  que fosse a lição de casa para acompanhá-la.

Porque nessa casa tinham dois moleques,  que às vezes  penso  que  um deles fosse o  que foi o prefeito (e deputado estadual) da cidade Sr. Beto Trícoli, só não tenho certeza.  Eles tinham um brinquedo que se chamava  Ferrorama e isso era o meu sonho de consumo, só que eu era  consciente da  impossibilidade de minha  família me dar um, então eu me contentava apenas em ver os outros brincarem.

Outro detalhe também, na época de todo natal elas me davam de presente um caminhão  de madeira,  era um artesanato dos presos  de Atibaia.  Era um caminhão para  mim  outro para o meu irmão. Só que a verdadeira história só vim saber muito tempo depois.  Sei que na véspera do Natal elas,  as tias e minha mãe forçavam a gente dormir cedo, segundo elas se não o "papai noel"  não deixaria o presente e tínhamos ainda que deixar o nosso sapato atrás da porta.
Isto tudo foi uma "mentirinha" maravilhosa, tudo ilusão, mas só deixou saudades, e que saudades......                                              

Na manhã do Natal, lá estava  o presente que o suposto papai-noel havia deixado.  Isso era uma  felicidade  só durante o ano todo.  Já na casa de Dona Maria Helena Ferraz  e de Dona Lourdes Alvim, eu gostava de ir ajudar minha tia porque já naquele  tempo eu ouvia uma palavra que prá mim era uma novidade. Nas duas casas elas diziam, vou conferir o  ROL enquanto isso o  menino fica tomando o seu chocolate quente, e ainda era acompanhado de biscoitos, isso é o que eu mais gostava.    

E  na casa de dona Raífa Hossne Sabbag o que acostumei foi comer o famoso pão sírio, inclusive a senhora mãe do Dr. Nelson Hossne também tinha o mesmo hábito, alem do pão sírio, até esfiha ela me dava e que até hoje eu gosto.

Na casa de Dona Valentina Rosa, esposa do Sr. Tranquilo Rosa era o pacote de bala  que ela me dava. E minha tia também lavou roupa de uma família que morava na Rua Tomé Franco cujo casal faleceu em um acidente, ela se chamava Dona Leonor e o esposo Sr. José, eles eram proprietários de um posto de combustível em Atibaia.

Mas essa felicidade foi ceifada com o falecimento de meus pais.  Minha mãe se acidentou em casa e ficou sob os cuidados  do Dr. Oswaldo Pacini, só que aproximadamente 03 meses depois  veio a falecer,  isso foi em janeiro e com todo esse acontecimento o meu pai é que foi se definhando, ele já tinha sofrido derrame e em abril do mesmo ano ele sofreu novamente  pela segunda vez  e acabou vindo a óbito.

Aí logo comecei a trabalhar para ajudar nas despesas da casa.  Ah! Meu pai foi operário da extinta  fabrica de  tecelagem, minha mãe também. Foi lá que se conheceram.   Ele ainda tocava na banda musical,  não sei se era a  24  de outubro, só sei que era a banda musical branca, a outra era a azul.  Antes do casamento com minha mãe ele foi pedreiro,  porque  em casa, havia uma foto dele quando da construção da fachada do antigo São João Futebol Clube, hoje São João Tênis Clube.

Lembro-me também que todo dia de natal Dona Nair Cunha, se não me engano era a esposa do Sr. Nilo Cunha, tinham já na época ou  na década de 60 uma mansão em seu sítio, no final, digo, no início da  Avenida  Nossa Senhora do Sion, nome que é na atualidade. Essa família de poderio aquisitivo melhor que a gente,  sabia alegrar o Natal de muitos,  entre esses estava eu,  porque ela distribuía carrinhos,  caminhões e bolas para os moleques e bonecas para as meninas, sendo isso a vontade de Deus, tenho certeza que todas as pessoas que citei aqui nesse pequeno documentário que já nos deixaram o Senhor às acolheu no céu.  Um  detalhe, naquela  época  a Sra. Nair ia com um carro que hoje só os colecionadores tem; um Aero Willys,  eu só soube ler e escrever esse nome quando entrei no Grupo Escolar.

Eu também brinquei muito em um monumento de um chafariz e de uma piscina artificial que existia onde hoje é o complexo da SAAE na Praça Roberto Gomes Pedrosa, é que morávamos bem próximo e muitas vezes eu lá brincava com o caminhão que o "papai noel" deixava em casa.

Eu gostava mesmo de  admirar desse local acima citado, os ônibus que toda tarde faziam o trajeto de São Paulo para a cidade de  Ouro Fino, Minas Gerais, eles vinham pela estrada velha, é o que diziam os meus pais, hoje é a Avenida Professor Lucas Nogueira Garcez. Eu gostava de ver esse tipo de veículo também do quintal de minha casa, já que tínhamos toda a visão dessa estrada. 

Outro fato que me vem á memória é que o meu médico, ou melhor, também de meus irmãos, porque fomos um total de oito, mas só três sobreviveram, e um deles sou eu, e três irmãos também do primeiro casamento de meu pai, hoje desse só resta  uma viva,  é a  que reside em São Paulo, então o nosso médico foi o farmacêutico Sr. Avelino Almeida Bueno, era lá que minha mãe nos levava, tinha muita confiança nesse senhor, ele sempre receitava um comprimido para a gente tomar, não sei prá que, só sei que se  chamava  pílula do Dr. Rossi e eram de cor rosa, e o famoso Biotônico Fontoura fez parte de minha geração, isso não faltava em casa.

Essas são algumas memórias de minha infância. Eu antes de frequentar o grupo escolar, já tive uma pré escola em casa, minha  mãe me  ensinou a ler e escrever. Minhas professoras que algumas delas estão lá em cima, mas que as guardo no coração foram:  a minha mãe, a professora Antonieta Gonçalves,  professora Maria Inês Pasquotto e o  Diretor João Evangelista Mariano da Costa Lobo, a professora Maria Inês Ferraz e a professora Terezinha Calil Padis, essas estão vivas.

Em casa não tínhamos aparelho de televisão, mas minha mãe era fã de Nat King Cole, e bem mais tarde que fui saber quem era esse cantor do qual ela tanto gostava e me lembro até de que música ela vivia cantarolando, chamava-se Adelita. Outro grupo musical que fazia parte de seu repertório era The Platters, e a famosa "Only you" era a preferida.  Por sinal, neste ultimo ano estiveram aqui na  região, para ser mais preciso, em Maringá, só que já não tem mais nenhum integrante da época.

O primeiro filme que assisti no cinema “Cine Itá” foi Davi e Golias, ela só me deixava assistir filmes bíblicos e épicos. Assisti Os Dez Mandamentos, Sansão e Dalila, Ben Hur, El Cid, Colossos de Rhodes e assim por diante.  Um ensinamento que ela me passou e hoje entrego aos meus filhos é este: Se alguém nos pedir um copo de água ou um prato de comida, mesmo que a gente só tenha um para o consumo próprio, não devemos negar,  tem como dividir esse copo,  esse prato,  aí ela complementava;  porque por mais farta  que seja a mesa da gente, que sejam as comidas mais saborosas, se estivermos doentes nada tem valor para nós tudo aquilo.  E isso é uma verdade, e ainda ela sempre nos dizia; ser pobre não é defeito nenhum defeito é usar da desonestidade para justificar a pobreza. Algo que recordo também do  Sr. Zezico Alvim, é que todo final de ano ele ia em casa levar um garrafão e vinho para o meu pai, e quando entrei na escola podia ler que o famoso vinho chamava-se  Sangue de Boi,  o qual esse produto sobrevive até os dias de hoje, e também um chapéu Panamá que meu pai era fã, (O Sr. Mario Cesar) gostava de andar bem alinhado já naquela época,  se fosse nos dias de hoje, dir-se-ia "nos panos". Eu cresci gostando, só não participo, mas gosto de carnaval de salão, principalmente das marchinhas que se tornaram ícones, porque meu pai nos levava, eu  e meu irmão nas matinês no Clube Recreativo Atibaiano, já que ele era integrante de um conjunto musical que tocava nesse estabelecimento. Como não podíamos ir à noite, então nos  levava durante o dia, ele foi um pai amigo, um pai presente.

Ainda me lembro da cor do carro que o senhor Zezico Alvim ia em casa, era azul e branco só não me lembro da marca. Outra curiosidade,  eu deveria ter entre  nove prá dez anos iam umas alunas do Ginásio Estadual em casa entrevistar minhas tias sobre a escravidão. Até onde eu sei, também sou descendente de escravos. Porque essas tias eram de pele bem escura e os cabelos  pareciam um algodão.  Elas  contavam  para as  estudantes que acredito serem  estagiárias, que eram em muitos irmãos e meu bisavô  com medo que algum escravo fugitivo levasse uma das crianças, então ele e a bisavó levavam todos os filhos para a roça,  segundo as tias eles cultivavam  milho, pois tinham um monjolo onde  faziam farinha e fubá.  Minhas tias contavam às estudantes que constantemente passava próximo de onde moravam fugitivos arrastando bolas de ferro amarrados nos tornozelos. Uma delas dizia que tinha aproximadamente sete anos e isso faz sentido, porque era nascida  dois anos antes da assinatura da lei Áurea, mas sabemos que ainda levou uns 10 anos para que essa lei vigorasse, e se ela  tinha essa idade de sete anos, está  dentro do parâmetro estatístico. 

E o detalhe pelo menos  prá mim era o  gravador que as estudantes  levavam, eu achava o máximo ver aquele quadradinho reproduzir toda a conversação, isso foi algo inesquecível para mim.                     

Esse sítio que meus bisavós e tias moravam ficava onde é  o bairro Santana e Pequiri.  Eles mudaram  para a  cidade no início do século passado, porque a casa onde eu e meus irmãos nascemos foi construída pelo meu  tio-avô  Sr. Pedro Rodrigues  cujo  terreno ou data foi adquirida em 1913. 

Esse tio quando eu nasci já era  falecido, nem meus avós tanto paterno quanto materno  cheguei a conhecê-los.  Umas das tias que me criou faleceu em 1973,  a outra faleceu em 1982  e a mais idosa, essa era casada e  não morava com a gente, ela morreu em 1983.

As tias foram: a que faleceu em 1973, Ana Cecília Rodrigues, a de 1982, Sebastiana Rodrigues e a de 1983 Angelina Rodrigues.            

A minha avó paterna chamava-se Dona Gertrudes, todos originários dessa região.

Documentos da casa de Atibaia, estão com o Dr. Marcos Contesini, foi ele quem providenciou o inventário  quando a prefeitura  quis  o terreno para a construção e ampliação da Praça Roberto Gomes Pedrosa.

Eu fui colega do Dr. Marcos Contesini, estudamos no ginásio, ou melhor, o colegial.

Trabalhei desde pequeno, mas valeu muito, mesmo eu não tendo estudado o que tanto sonhava: ECONOMIA, eu estudei no Ginásio Estadual Major Juvenal Alvim pouquíssimo tempo, por ser longe de casa,  minha mãe tinha medo de eu fazer essa caminhada, mas esse pouco tempo eu me sentia um "universitário" só de saber que estava usando uma calça cor "caqui"  que era  uma referência na época, que só os estudantes desse estabelecimento usavam.  Depois fui para o  Colégio  Gertrudes  Pires  Alvim e até em Bragança Paulista eu estudei, no extinto Colégio Francisco D'áurea. 

Mas o sonho maior mesmo era estudar  HISTÓRIA   como sou até hoje obcecado por pesquisar tudo a que se refere à História quer seja do Brasil, quer seja do âmbito mundial, fui  muito focado nas histórias das guerras através dos séculos, principalmente das chamadas  Primeira e Segunda Guerra Mundial,  e saber por que esse nosso país de tamanho desproporcional, criou essa desigualdade, de pensamentos de seus  habitantes,  já que falamos a mesma língua, só há variação no sotaque. "Não deu, aí veio à opção por Economia", mas também não consegui.  Na adolescência trabalhei para o Sr. Hermenegildo Barqueta,  quando eu trabalhei na banca de jornal,  eu guardava  todo  mês   uma revista para a Senhora Talita Alvim que se chamava Burda,  era uma revista de modas  internacionais,  por ter um nome incomum tanto a senhora quanto à revista eu nunca me esqueci. Trabalhei também na  Viação Atibaia São Paulo Ltda.,  depois  entrei na Cooperativa Agrícola de Cotia Cooperativa Central. Trabalhei dois anos  em Atibaia, depois fui transferido para a Sede em São Paulo. Na capital eu morei na casa de minha irmã.  E para a  Cooperativa fiz muitas viagens  pelo  interior do Estado e também para o Estado paranaense. 

E Uraí foi à primeira cidade em que vim trabalhar, onde conheci a pessoa que viria ser  a  minha esposa, ela trabalhava na Cooperativa aqui da cidade.  Namoramos mais ou menos um ano e nos casamos. Fomos morar em São Paulo, próximo à casa de minha irmã. Minha filha é paulistana, só que logo após o nascimento da menina a esposa  ficou doente e mudamos para cá.

Compramos uma casa popular, logo surgiu o "Piá" esse é paranaense pé - vermelho termo que se diz aos norte - paranaenses.            

Depois fui despedido da firma (Cooperativa). Aqui na cidade  trabalhei vários anos no comércio.  Alguns anos depois fui novamente chamado para compor o quadro de funcionários da Cooperativa, só que desta vez eu iria trabalhar na cidade de Bastos, região de Marília. Lá fiquei por nove anos aproximadamente, a família ficou aqui. Eu retornava para casa a cada quinzena. Chegava no sábado e voltava na segunda feira. Mas por motivo de saúde da filha acabei vindo em definitivo para cá. 

Logo  a esposa ficou doente e acabou falecendo. Isso já se passam oito anos, não está sendo fácil, mas estamos vencendo, desistir jamais!!!!     

 Eu frequentei a casa de quem hoje é professor em uma faculdade, João Paulo Correia Lima, inclusive a Sra. sua mãe Dona  Yara também foi minha professora, eis o motivo de eu ter conhecido essa família.  Como já contei, estudei com o  atual  Dr. Marcos Contesini,  com o dentista Dr. Carlos Jaime Chamadoira,  com o  Professor de Educação Física  e dono  de uma pastelaria "O Porquinho", Mario Tamassia, sou amigo da família do Sr. Pedro Granda,  este já falecido, frequentei a casa do  Celsinho  Neto Gonçalves, cuja família teve uma sorveteria à Praça  Guilherme Gonçalves e também a casa de um vizinho desse pessoal  acima citado.

O nome desse outro colega de escola era Wilsinho, o pai desse garoto foi gerente da agencia do Banco do Brasil ai em Atibaia, sei de tudo isso porque minhas tias também lavaram roupas dessas duas famílias.  Eles moravam á Rua  Dr. Zeferino Alves do Amaral.  Trabalhei na Viação Atibaia São Paulo Ltda. com o Sr. Beto Brunialti e na mesma empresa com o Sr. Sergio Mantovanini.   Ah! Estudei com o Sr. José Eduardo Garcia Lopes, filho do falecido prefeito Sr. Antonio Julio Garcia Lopes.

Eu guardo como lembrança a foto em que tiramos na formatura do quarto ano, na qual consta até a professora Terezinha Calil Padis e o Diretor João Evangelista Mariano da Costa Lobo. Mas tudo é feito conforme o desígnio de Deus.

Ah! Finalizando a história do Ferrorama, quando eu fui trabalhar em Bastos o meu garoto ainda era pequeno e achei em uma loja lá da cidade esse brinquedo. Eu comentei com o proprietário a minha história e acabei comprando o presente para o menino, até hoje ele tem esse brinquedo que acabei brincando também matando a minha vontade.

Eu sempre gostei muito de ônibus, tanto que trabalhei na Viação Atibaia São Paulo, gosto muito de caminhão principalmente carreta.  Aqui em Uraí eu constantemente ajudo uma família de caminhoneiro de sobrenome  Madeira  a enlonar  e amarrar  cargas, eu só não possuo carta de caminhoneiro, o meu caso é simplesmente ser um mero ajudante e expectador. 

Hoje cuido do casalzinho de filhos. Já estão formados com a graça  e o poder de Deus, formados em Biologia, mas acho que  é missão de pai coruja,  cuidá-los até se casarem.  Com a gente aconteceu um fato muito interessante.  Na época em que  trabalhei em Bastos a esposa ficava com o casal de filhos, porque eu vinha quinzenal para casa, portanto por um longo período ela fez duplo papel (mãe e pai), hoje a história inverteu. Agora sou eu (pai e mãe).
Ainda trabalho, quero dizer por quase dois anos trabalhei em uma fabrica de móveis aqui de Uraí, Serra Morena Móveis Ltda.   
      
Em novembro ultimo deixei essa função porque foi muito prejudicial a minha saúde.

Mas a recompensa de tudo isso que passei; alegrias, tristezas, dores e sofrimentos é esta: a amizade, o carinho e o respeito que todos tem pela gente, e isso é aqui em Uraí, é em Atibaia, é em Bastos.  Isso me deixa demasiadamente orgulhoso, é um motivo que gera grande gratificação que dinheiro nenhum compra. Além de tudo isso,  o marco mais importante  que ficou de recordação de minha infância é para mim um monumento vivo.
É um abacateiro que graças a Deus a prefeitura o preservou, e esse ficava no quintal de minha casa onde hoje se estende a Praça Roberto Gomes Pedrosa, fico muito feliz por ter esse ponto como referencia.

cido

Esse é um resumo de uma vida contada nessas poucas paginas deste documentário.

Dedico aos meus pais, tias e todas as pessoas nesta citada, mesmo sabendo que estou sendo injusto, já que muitos nomes  não foram constadas por faltar mais detalhes.

Muito obrigado!!

cido2

 
 
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