Que a aura da
noite
Ilumine a
fronte marmórea
Que a morte te
vestiu.
Que o teu olhar
opaco
Volte a se
iluminar
E a buscar a
bem aventurança
Que tanto
amaste e cultuaste.
Que todo aquele
que de ti
Recebeu
acolhida
Abençoe a tua
prodigialidade,
Bendiga teu
consolo,
Vivifique tua
lembrança
Renove-se na
fé:
Do teu
desprendimento,
Da tua
sabedoria,
Do amor ao
próximo,
Do exato
sentido do dever,
Da caridade, da
tolerância.
Que a tua
virtude despretenciosa
E suas dádivas
se convertam
Num bando de
colibris
Ao te alçarem
para tua nova morada.
Que as vestes
com que aplacaste
O frio de
tantos desafortunados
Se transformem
num manto
Que irá cobrir
tuas pequenas
E humanas
falhas.
Que o teu
exemplo
Não esmoreça
A nossa
miserabilidade
Mas que nos
ajude
A honrar sua
memória
E enaltecer a
tua bondade....
Vai meu velho e
querido amigo,
Para onde
melhor estiveres
Mas não te
esqueças nunca
Aqueles que
tanto amaste
E que por eles
foste tão amado.
Juvenal Alvim Netto
Atibaia - janeiro/1980